“Olá, meu nome é Hannah Arendt e é um prazer baixar aqui”. Não é uma sessão espírita, mas de teatro. Com esse jogo cênico, o diretor e ator Eduardo Wotzik começa o espetáculo sobre a filosofa alemã. A peça está em cartaz no Café do Teatro, nesta sexta-feira, dia 31, e sábado, 1° de abril.

Hannah Arendt notabilizou-se por defender a importância da igualdade política e liberdade, com tolerância e respeito às diferenças. O espetáculo se propõe a ser uma aula sobre educação e uma chance para refletir acerca da importância do pensamento para a evolução do mundo contemporâneo. “É uma aula magna, mas é um espetáculo de teatro”, pondera Wotzik, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira, na sala de imprensa Jô Soares, do Festival de Curitiba.

Encenado num ponto tradicional de encontro da classe artística, o Café do Teatro, o espetáculo ganha uma atmosfera especial. “É importante esse abraço entre artistas e público. O teatro é feito dos artistas e das pessoas que amam o tetro”.

Diretor participou de coletiva nesta sexta-feira, dia 31. Foto: Annelize Tozzeto

 

Segundo ele, “Hannah Arendt, uma aula Magna” é uma peça necessária para o momento de ignorância que vivemos. Em 1961, a filosofa havia sido convidada para fazer uma matéria jornalística sobre o julgamento de ex-oficiais nazistas. Mas se recusou para criar, em vez de um relato, uma ciência política, na qual, entre outros temas, aborda a importância do pensamento. “A história da humanidade não valoriza o pensamento. As redes sociais revelam o que  existe há muito tempo. Só há opinião”.

A incorporação de Arendt pelo diretor permite diversas reflexões. “As pessoas pensam sobre o mundo, sobre a vida, onde devemos transformar, onde erramos e acertamos. A arte se impõe em qualquer lugar”.

 

Serviço

Quando: 331 de março e 1° de abril

Onde: Café do Teatro

Quanto: R$60 (inteira). R$30 (meia).

 

Por Guilherme Bittar  – Agência de Notícias do Festival de Curitiba.

Redes Sociais