Durante o Festival de Curitiba, companhias incentivam funcionários a consumirem atrações culturais como forma de aprimorar a formação pessoal e profissional de quadros

 

Crédito: Lina Sumizono.

Nos últimos anos o mercado de trabalho mudou radicalmente para atender às novas demandas dos profissionais que passaram a enxergar de forma diferente suas carreiras. Nesse contexto, vêm ganhando ainda mais peso a cesta de benefícios ofertada pelas organizações que pode pesar na escolha do novo local de trabalho. De outro lado, as companhias passaram também a enxergar a relevância de oferecer opções mais flexíveis e customizadas como estratégia de atração e retenção de pessoas.

Nos últimos cinco anos, cerca de 250 empresas apoiaram o Festival de Curitiba. Além de fomentar a economia criativa local e nacional, dando mais exposição e visibilidade às marcas, o investimento tem possibilitado também a ampliação do acesso à cultura e a melhoria do bem-estar dos colaboradores e suas famílias a partir da distribuição e o sorteio de vale ingressos para que confiram as atrações disponíveis ao longo dos 14 dias de evento.

“No mercado de trabalho moderno as estratégias de atração e retenção dos melhores talentos precisam ir muito além de remunerações competitivas e, diante desse novo contexto, as empresas precisam compreender o pacote de incentivos como parte da estratégia de negócio”, destaca Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, consultoria especializada em recursos humanos e autora da pesquisa “Benefícios: o que mudou”, de 2022.

Segundo o estudo, a esmagadora maioria (99%) dos profissionais empregados afirma levar os benefícios corporativos em consideração para aceitar, ou não, uma proposta de emprego. Já entre os desempregados, 93% dizem avaliar os benefícios antes do aceite, sendo que 40% deles aceitam negociar o salário a depender dos incentivos ofertados.

Bem-estar e desenvolvimento humano

Na 31ª edição do Festival de Curitiba, mais de 15 mil ingressos foram retirados pelas patrocinadoras para serem redistribuídos. “Os paranaenses são muito ligados à arte e cultura, especialmente em Curitiba. O acesso à arte e à cultura contribui para o desenvolvimento integral do cidadão. E quando o assunto é vida profissional, pode estimular diversas habilidades socioemocionais que estão em alta no mercado de trabalho”, afirma Lesleane Rezende, executiva de vendas da Robert Half em Curitiba.

Na dinamarquesa Novozymes, líder global em enzimas industriais, cultura e educação estão relacionadas à geração do conhecimento e ao exercício do pensamento. A companhia considera essencial fomentá-las no ambiente organizacional, pois defende que isso contribui para a formação pessoal, moral e intelectual das pessoas. “Prezamos por um ambiente em que nossos colaboradores sintam espaço para criar, inovar e debater diferentes ideias e iniciativas, e o incentivo à cultura é fundamental para que isso aconteça. É gratificante poder proporcionar esse acesso aos nossos colaboradores”, afirma Angela Fey, gerente Regional de Sustentabilidade.

A CNH Industrial, uma das companhias que apresentam o Festival, detentora das marcas New Holland Agriculture e o Banco CNH Industrial, também prioriza o acesso à cultura como diretriz de recursos humanos. “Incentivar o Festival de Teatro de Curitiba é ampliar o acesso ao setor para todos. Desejamos que nossos colaboradores se sintam parte desse movimento e que possam, juntos conosco, contribuir para a transformação social de forma ativa. Por isso, promovemos ações dessa natureza para gerar mais engajamento e reforçar o compromisso de nossos colaboradores com as comunidades que integramos e apoiamos sempre, de maneira a fortalecer a responsabilidade social da empresa,” explica Erika Michalick, gerente de sustentabilidade da CNH para a América Latina.

A Electra Energy, comercializadora de energia elétrica que patrocina o festival desde 2017, preparou para a edição 2023 um diferencial. “Neste ano, com o patrocínio do Risorama, o humor veio ao encontro da nossa energia e gerou um clima muito bom na equipe”, destaca Daniele Alves Ferreira, gerente Administrativa e de RH. Ela conta que cada colaborador da empresa recebeu pelo menos um par de convites. Segundo Daniele, pesquisas apontam que o riso não só é importante para o bem-estar, mas para a capacidade de inovação e criatividade. “Quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias com mais facilidade, o que pode potencializar essas ações”, disse.

 

Por Thiago Lucas – Agência de Notícias do Festival de Curitiba.

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